novembro 07, 2005

Adormecidos


Em um recanto calmo, de um lugar qualquer
Corpos unidos pelo abraço forte, coração em ritmo louco
Lábios húmidos, ardentes, briga de línguas
Pernas que se roçam, desejo que aumenta
Mãos carentes, perdidas, aflitas
Procurando o melhor caminho para o prazer
Aos poucos se despem sem pudor
Corpos que se entrelaçam feito cobras
No chão as roupas em forma de ninho
Na espera dos amantes, pássaros sozinhos
Em sua nudez, mais sensações descobrem
Se roçam, se tocam, se deleitam
Deslizam em si mesmos, vão ao chão
Grudados, suados, em um só carinho
Esquecidos do tempo e do espaço, sem hora
No auge da agonia, em busca do êxtase total
Quem penetra é sugado, é lambido, é guardado
Entre manobras, suspiros, abraços
O prazer que faz estremecer, um grito é contido
Os corpos cansados, adormecem no sono mágico
De quem saboreou um doce pecado.

Kika Perez

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