Era sonho ou vinhas mesmo
no dorso de um cavalo alado
e sobre a fronte trazias, luzindo
o diadema da inocência..?
Era sonho ou ouvi mesmo
o teu riso, ressonâncias de cristal
enchendo de luz e música
velhas cavernas cavadas na memória..?
Era sonho ou eu vi mesmo
gravado na Via Láctea do teu galope
o nome sacro por que te dás
ecoando para lá dos tempos..?
Ai, menino do diadema…
leva-me contigo nesse voo leve
leva-me e ensina-me todas as coisas
que eu sei que tu sabes
a beber nas fontes
das nuvens mais altas
colher estrelinhas p’ra fazer cristais
das gotas da chuva fazer outro mar
e no dorso branco do cavalo alado
sobre a Via Láctea
contigo brincar.
Ângela Santos
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