janeiro 23, 2006

Armadilhas do Destino

No palco das ilusões encenei a dança da falsa alegria
como uma forma de suportar o peso da dor
O coração silenciou por medo dos monstros
adormecidos eternizados no âmago do ser
Videoteipes de lembranças nuas
vagueiam pelas sombras presentes nas febris retinas
O peso da tristeza transforma-se em lágrimas
e a alma despida de felicidade chora
Tudo é escuro
Meu mundo é vazio
Quisera acreditar no milagre da vida
Debruçar-me sobre os sonhos e não mais acordar
pensar em tudo que poderia ter sido e não fui
Lembrar de coisas que poderia ter feito e não fiz
O sopro dos ventos delirantes levou
para bem longe um a página solta da
minha história
O real desejou ser irreal
Quantos dissabores degustados pelo amargo tempo
De nada adiantou os clamores da alma
Nada valeu a pena!
Resta-me seguir pelas paralelas da vida
sem saber onde e quando vou me soltar
das armadilhas deste ingrato destino.

Zena Maciel

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