Quanto, quanto me queres - perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
Na luz dos teus senti a luz da vida.
Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora a luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contrate
Com a sombra da posse proibida...
Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...
Não perguntes, não sei - não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
Na luz dos teus senti a luz da vida.
Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora a luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contrate
Com a sombra da posse proibida...
Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...
Não perguntes, não sei - não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.
António Botto
Sem comentários:
Enviar um comentário