fevereiro 22, 2006

Lágrima


Brilha a luz no reflexo tremulo de uma lágrima
Brilham as luzes nas poças tremulas da chuva
Ela nasceu no abafo do peito
E num suspiro escorreu rosto a fora
Fez a curva no final dos traços
E caiu sobre a mesa
Ali ficou sozinha
Pequena gota
No seu reflexo via-se a meia-luz de uma tela
Com poucas palavras
Via-se um rosto
Via-se mais lágrimas tomar outros rumos
Ora as mãos as aparavam
Ora eram bebidas pelos lábios
Ouvia-se ao longe canções
Que não se pode contar
E dentro dela tinha tanta coisa
Tantos medos
Passado, futuro e presente
Era uma lágrima carregada
Que veio de um pranto
Engasgado, sofrido que causou espanto...


Elyedre Mireila

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